Catarina Alencastro
BRASÍLIA - Uma pesquisa promovida pelo Senado em seu site na internet mostrou que apenas 2,7% dos participantes são favoráveis às cotas raciais nas universidades públicas. Outros 52% concordam com as cotas sociais e 45% são contra o sistema de reserva de vagas. A enquete, no ar desde 28 de abril, havia recebido, até ontem, 357.504 votos. O tema é objeto de projeto já aprovado na Câmara e que pode ser votado esta semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A relatora, Serys Slhessarenko (PT-MT), lerá seu voto, favorável às cotas. (Leia mais: RJ: liminar que impede cotas só valerá em 2010)
Temos de derrubar essa tentativa de transformar o Brasil num país racista (Demóstenes Torres) --------------------------------------------------------------------------------
A proposta a ser apreciada pelos senadores prevê que 50% das vagas nas universidades federais sejam preenchidas por alunos saídos de escolas públicas. O texto prevê uma subcota racial para autodeclarados negros, pardos e indígenas. O percentual a que cada grupo étnico terá direito seguirá o que registra censo demográfico do IBGE em cada estado. (Veja também: Jovens pedem aprovação da lei de cotas) .
Ontem, a senadora Serys não tinha conhecimento da enquete e desqualificou o levantamento, realizado pela Secretaria de Pesquisa e Opinião Pública do Senado. Segundo ela, a pesquisa não corresponde às inúmeras manifestações favoráveis ao projeto que tem recebido. A senadora disse que ontem mesmo participava de uma mobilização com mais de 40 entidades pró-cotas em São Paulo.
- É engraçado esse resultado, eu tenho recebido tantas manifestações a favor... Internet é um negócio complicado, quem vota é quem realmente tem acesso e procura se posicionar por esse meio. Não que não tenha valor - ponderou, dizendo que não sabe quantos brasileiros têm acesso à internet e que, portanto, não pode mensurar o alcance da pesquisa.
Já o presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), disse acreditar que o resultado mostra que o projeto de lei não tem popularidade. Ele prepara um voto em separado para apresentar em contraponto ao parecer da colega Serys.
Esse resultado massacra a ideia de que o brasileiro quer se ver dividido em raças (Demóstenes Torres)
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- Esse resultado massacra a ideia de que o brasileiro quer se ver dividido em raças. Isso mostra que nem popular o projeto das cotas é, que a sociedade prefere o quesito mérito. O governo tem que aprender que o investimento básico e profundo deve ser no ensino fundamental. É isso que vai dar as condições para que as pessoas saiam da miséria - disse.
O senador defende que o critério da cota seja apenas o social, limitado a, no máximo, 30% das vagas. Sua proposta prevê que o percentual decresça gradativamente a cada quatro anos, até desaparecer completamente. Após a apresentação do parecer da relatora, Demóstenes pedirá vista e tentará contestar a constitucionalidade do projeto de lei. Caso não consiga derrubá-lo, vai para o voto com seu parecer contrário ao de Serys:
- Temos de derrubar essa tentativa de transformar o Brasil num país racista.
Fonte: O Globo
Comentário da blogueira: O Brasil é um país racista! Só o senador não percebeu? Acho que a educação básica deve ser melhorada para dar oportunidades iguas a todos. Mas enquanto isso? Os afrodescendentes vão ficar excluídos? Que justiça social é essa que excluí negros e pobres do acesso a educação?
6 comentários:
Muito bem , Jéssica.
Cara Jéssica,num país de maior mixigenação de raças do mundo, não podem existir sistemas de cotas em qualquer segmento.Fineza contato com:redacaocpibr@ymail.com ,temos uma coluna sôbre história do Brasil e geral que vc pode assinar. Abrcs, Roy Lacerda.
A miséria tem cor? a pobreza tem cor? Nobre colega, defendo o sistema de cotas sim, como paliativo, ação afirmativa, enquanto nossos governantes não transformamm nossas escolas públicas em escolas que promovam a igualdade com os filhos dos ricos que estudam nas particulares.
Quando houver igualdade de oportunidade e educação de qualidade para todos adeus as cotas!
Muito obrigado por acompanhar o Blog Brasil Liberdade e Democracia. Seus comentários são benvindos.
Numa democracia é necessário que haja pontos de vista diferenciados de forma a que a democracia se aperfeiçoe e cresça.
No entanto não é possível a existência de um Estado Democrático de Direito sem que os governates trabalhem de forma ética, honesta e moral.
Hoje no Brasil o executivo e o legislativo vivem em um mar de lamas.
É preciso que todos nos unamos para conscientizar nossos eleitores que este governo não pode continuar. Nas próximas eleições temos que trocar por outros que não estejam comprometidos com o governo Lula.
E vamos trocando. Nunca chegaremos a perfeição, mas um dia chegaremos ao ponto de podermos nos orgulhar de ter no Brasil um governo que luta pela Justiça Social para todos e não só para a classe governante.
Contamos com você nesta luta.
Boa resposta , Jéssica.Muito boa!
Estou te seguindo e defendendo,haha!
Agora que fui ler seu email.Vi os vídeos e vi também como o UJS está atuante em Campos.Não era assim na minha época.Parabéns aos estudantes "engajados" e num desses vídeos , da passeata , me lembrei da música do Milton Nascimento que por coincidência era o tema e nome da campanha da minha chapa ao DCE da Rural em 84, "Coração de estudante".Ganhamos e fomos para Candelária assistir ao maior comício da história da América Latina, 1 milhão de pessoas.Agradeço pelo convite e certo de que eu , você e as pessoas de bom senso deste país e desta cidade continuarão suas lutas por um Brasil grande, democrático e com boa distribuição de renda .Mas, com corrupção não dá ,né? Jéssica
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