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25 de jun. de 2009

Lanamento de livro do Prof. Márcio Soares hoje na Academia Campista de LEtras, às 19 horas

"A Remissão do Cativeiro: a dádiva da alforria e o governo dos escravos nos Campos dos Goitacazes."

O evento acontecerá no dia 25 de Junho (quinta-feira) às 19 horas na Academia Campista de Letras (Campos dos Goytacazes).
“Há tempos se sabe que, no conjunto das sociedades escravistas do Novo Mundo, o Brasil foi o país que mais importou africanos escravizados. Sabe-se, também, que as alforrias foram bastante freqüentes nessas paragens. Salvo algumas poucas exceções, contudo, as duas constatações raramente foram lidas de forma conjunta pelos historiadores.

Neste livro, Márcio Soares articula admiravelmente as duas pontas do processo institucional da escravidão, examinando uma zona central da economia brasileira oitocentista: as planícies açucareiras dos Campos dos Goitacases, no Rio de Janeiro.

O autor trata do período de arranque da atividade na região, na virada do século XVIII para o XIX. Aliando exaustiva pesquisa documental e imaginação teórica, enfrenta interpretações consagradas a respeito das alforrias no Brasil, que as encararam como negação do cativeiro. Soares argumenta, pelo contrário, que as manumissões foram centrais para a reprodução de nosso edifício escravista.

O trabalho que o leitor tem em mãos, com implicações de relevo para o conhecimento da história do Brasil e das demais sociedades escravistas americanas, certamente provocará debate. Mais não se espera de um livro de qualidade.”

Rafael de Bivar Marquese
Universidade de São Paulo

Currículo:

Márcio de Sousa Soares é Licenciado em História pela Faculdade de Filosofia de Campos (FAFIC). Obteve os títulos de Mestre e Doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente é Professor Adjunto na Universidade Federal do Tocantins (UFT) e participa de dois projetos coletivos de pesquisa sobre alforria e mobilidade social de descendentes de escravos nas áreas canavieiras das Províncias de São Paulo e do Rio de Janeiro, nos séculos XVIII e XIX.

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