Criado em 1999 para financiar os estudos de quem pretendia fazer faculdade e não podia pagar, o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) da Caixa Econômica Federal se transformou em pesadelo para profissionais formados em São Paulo. Eles dizem que mal conseguiram trabalho em suas áreas de atuação e que não podem acompanhar o valor das mensalidades.
Para enfrentrar o protesto do nome e até o sequestro de bens, eles recorrem à Justiça e se organizam pela internet, em sites, fóruns e e-mail. O G1 ouviu nove recém formados.
Procurada pela reportagem, a Caixa esclareceu que o banco tem interesse em renegociar todas as dívidas relativas ao Fies, mas ressaltou que no ato da assinatura do contrato, o beneficiado tem acesso às condições do acordo.
A assessoria do banco argumentou também que os recursos emprestados são públicos e o banco, na qualidade de executor das políticas públicas, não pode flexibilizar a negociação estabelecida em lei. Ainda de acordo com a Caixa, a instituição realiza cobrança administrativa (por telefone, carta, cobrança terceirizada, telecobrança) durante seis meses de atraso e só após este prazo o processo segue para execução judicial.
Para enfrentrar o protesto do nome e até o sequestro de bens, eles recorrem à Justiça e se organizam pela internet, em sites, fóruns e e-mail. O G1 ouviu nove recém formados.
Procurada pela reportagem, a Caixa esclareceu que o banco tem interesse em renegociar todas as dívidas relativas ao Fies, mas ressaltou que no ato da assinatura do contrato, o beneficiado tem acesso às condições do acordo.
A assessoria do banco argumentou também que os recursos emprestados são públicos e o banco, na qualidade de executor das políticas públicas, não pode flexibilizar a negociação estabelecida em lei. Ainda de acordo com a Caixa, a instituição realiza cobrança administrativa (por telefone, carta, cobrança terceirizada, telecobrança) durante seis meses de atraso e só após este prazo o processo segue para execução judicial.
Cíntia Cardoso de Moraes terminou o curso de enfermagem em 2004 e trabalha como atendente de telemarketing até hoje. Por causa de uma dívida com o Fies, ela não consegue a emissão do diploma, teve o nome protestado e corre o risco de perder o apartamento onde vive com sua mãe. A dívida pulou de R$ 15 mil para R$ 86 mil.
Fonte: portal G1
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Comentário da blogueira: É um absurdo que num país como o nosso, recheado de desigualdades, os jovens trabalhadores, que lutam por um diploma de nível superior para terem mais oportunidade na vida, sejam tratados dessa forma. A política do FIES de cobrar aos seus devedores deve ser revista, aumento do prazo para pagamento da dívida e redução dos juros são medidas de bom-senso, o que não podemos é punir os jovens duas vezes; a primeira porque não passou numa universidade pública e a segunda porque não pode pagar a particular.
Compreendo que é dinheiro público em jogo, mas então incoerências históricas deveriam ser revistas. Dê escola pública de qualidade, educação ao povo, e ampliem as vagas na universidade pública que os jovens brasileiros não precisarão mais passar por isso.
O FIES deve levar em consideração as contradições de nosso mercado de trabalho que exige cada vez mais qualificação, e coloca pra gente que se não conseguimos emprego é porque não estamos suficiente qualificados, como se a culpa fosse toda nossa. Mas boa parcela da culpa está no governo que não foi capaz de criar políticas públicas ao longo dos anos para amenizar o problema e também do sistema capitalista que vende a ilusão de que nos qualificando teremos emprego.
Mas será que se todos estiverem qualificados haverá emprego para todos?
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