A concentração foi atrás da rodoviária Roberto Silveira, ás 8 da manhã. Ali os estudantes pintaram os rostos, colocaram nariz de palhaço e dançaram ao som de "Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na cidade onde eu nasci". O carro de som Jubiraca esteve o evento todo acompanhando a passeata, dali os estudantes contornaram a rodoviária, pegaram a beira-valão e foram até o mercado, dobrando na rua LAcerda Sobrinho até a praça São Salvador. Durante toda a passeata os estudantes levaram um caixão com o nome de todos os jovens assassinados e estendiam as 58 cruzes, simbolizando os 58 jovens que foram assassinados só este ano em nossa cidade.
Os estudantes dançavam e gritavam palavras de ordem, como "Chega de violência" ,"A juventude quer paz, educação e emprego".
O ato foi um protesto dos estudantes campistas que estão cansados de assaltos e assassinatos de jovens.
Por incrível que pareça no meio da passeata um estudante do Colégio Estadual João Pessoa foi assaltado por um rapaz que se infiltrou na passeata e teve boné e colar de prata roubados, o que foi mais uma demonstração de que a violência em Campos não está para brincadeira.
Na Praça São Salvador os presidentes dos grêmios da cidade se pronunciaram, o professor Jefferson Azevedo do IFF que elogiou o evento e a atitude dos jovens e o vereador Papinha. O vereador lembrou a importância de um ato como aquele a juventude e afirmou que fará todo o possível para que a Lei do Primeiro emprego, formulada pela UJS e apresentada por ele na Câmara dos vereadores seja aprovado o mais rápido possível.
Como educadora, como estudante, como jovem e membro da direção da UJS - Campos, posso dizer que foi um orgulho para mim poder participar da organização e do ato, já que as grandes transformações se dão pela união de todos. A juventude está cansada da violência e demonstrou nas ruas hoje que não vai aceitar o medo de andar pelas ruas da cidade calados. Queremos paz, educação e emprego! Saudações a quem tem coragem!
Fotos: Jéssica Carvalho
Qui, 18/06/2009 - Ano 176 - Nº 159 - Jornal Monitor Campista
CIDADES Passseata pede paz para os jovens
Movimento será realizado pela UJS, hoje, às 9h
EVENTO - Terminará na Praça São Salvador, onde 58 cruzes, com nomes de jovens mortos, serão erguidas
Cláudia dos Santos
“Além de chamar atenção para a questão da violência, queremos conscientizar os jovens do seu papel na sociedade, já que eles são as maiores vítimas da falta de oportunidades”. A frase é do diretor de políticas públicas da União da Juventude Socialista (UJS), Marcos Vinícius Tavares. A UJS promove, hoje, a partir das 8h, uma passeata pela paz com o tema, “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na cidade onde eu nasci”. O movimento inicia na Praça da República e finaliza na Praça do Santíssimo Salvador, onde os participantes vão erguer 58 cruzes com os nomes dos jovens mortos este ano em Campos.
Marcos explicou que o evento deve contar com mais de mil pessoas, entre elas estudantes de escolas públicas, particulares e universitários. Reitores, professores de algumas instituições de ensino, representantes de sindicatos e vereadores também confirmaram a participação.
— Esse evento não é para bater em ninguém e sim chamar a atenção para o perigo da banalidade, da mesmice. Não podemos encarar o que vem acontecendo como normal. Temos jovens com medo de andar nas imediações do Liceu, por exemplo, porque naquela área vem acontecendo muitos assaltos. Agora, quando informam ao assaltante que não tem dinheiro, alguns deles estão sendo surrados. Por outro lado, a falta de oportunidade tem levado muitos jovens ao mundo do crime.
Os estudantes vão reivindicar também o respeito ao passe-livre e a aprovação de uma lei municipal de incentivo ao primeiro emprego. “Sabemos que, para conseguir um emprego hoje, o jovem deve estar preparado e falar pelo menos dois idiomas. Como nem sempre possuem os requisitos, muitos seguem para o mundo do crime e acabam morrendo”, observou Tavares.
A UJS catalogou os nomes dos jovens mortos em Campos até dia 05 de junho deste ano. O presidente da UJS, André Lacerda, acredita que, para reduzir os índices de criminalidade em Campos, é preciso a criação de políticas públicas voltadas para juventude e também mais investimentos em segurança pública.
monitorcampista.com.br
2 comentários:
Nem tudo na planície está perdido!
Parabéns!!!
O sucesso foi geral!!!
Excelente iniciativa do Sindipetro-NF e Sinasef!!!
Professora Hilda HElena, obrigada pela visita!
Sim o evento foi um sucesso realmente! A juventude quer mais que ver televisão, beber e festas... e estamos na luta!
Um abraço
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