Jefferson Péres
Senador, PDT-AM
Senador, PDT-AM
Em conversa com um grupo de jovens, descrentes da política e dos políticos, perguntaram-me quais seriam os requisitos
básicos de um bom governante. Sem esforço e sem demora, enumerei-lhes quais seriam, no meu entender, osmandamentos norteadores da ação dos detentores do Poder.
1 - Colocar o interesse público acima de todas as coisas. O governo não deve ser, jamais, um condomínio de parentes, amigos, correligionários e apaniguados.
2 - Honrar o juramento de cumprir a Constituição e as leis. O governante não está acima da lei. Ao contrário, deve ser o primeiro a cumpri-la, para dar exemplo.
3 - Não roubar e não deixar roubar. Tolerância zero com todos os atos de corrupção, grandes e pequenos, sem a mínima transigência.
4 - Ter a mente aberta a sugestões e críticas, que ajudam, e fechada à bajulação, que cega.
5 - Nomear os ministros ou secretários pelo critério da competência e probidade. Querê-los altivos, não sabujos, e dar-lhes liberdade de ação, mas sendo implacável na cobrança de resultados.
6 - Ser humilde para reconhecer erros. Nunca procurar justificá-los, mas admiti-los, imediatamente, mandar corrigi-los, e pedir perdão por havê-los cometido.
7 - Ser absolutamente transparente. Todos os atos de governo devem ser públicos e levados amplamente ao conhecimento da população.
8 - Não fazer propaganda do governo nem promoção pessoal do governante. Toda a verba de publicidade deve ser gasta, exclusivamente em campanhas educativas.
9 - Tratar bem a todos Ninguém tem o direito de dar patadas, muito menos um governante. Grosseria humilha quem a recebe, diminui quem a pratica, arrogância é atributo dos tolos, não dos sábios.
10 - Dar atenção a todos. Mesmo que se tenha de mobilizar uma equipe de assessores para isso. Pessoas humildes, muitas vezes procuram o governante para uma súplica, em desespero. Merecem ao menos atenção.
11 - Cumprir compromissos com pontualidade. Parece pouca coisa, mas não é. Governante que aplica chá de cadeira, revela duas deficiências: falta de competência para organizar seu tempo e falta de respeito pelos outros.
12 - Não perder a compostura jamais. O governante deve ser simples, não vulgar, porque ele não é um cidadão qualquer, mas representa uma instituição.
Céticos, alguns me perguntarão se acredito mesmo que, na vida real, algum político seja capaz de cumprir estes mandamentos. Respondo que, certamente, não, dada a imperfeição da natureza humana. Mas o ponto não é esse, é outro. O que distingue o mau governante do bom é que o mau descumpre-os deliberada e sistematicamente, ao passo que o bom faz um esforço sincero para cumpri-los, embora nem sempre consiga. Essa a diferença fundamental entre um e outro.
3 comentários:
É isso aí, Jéssica!
Poderíamos resumir: VERDADE! INTEGRIDADE! HUMILDADE!
Na verdade, ninguém aguenta mais bajulação fajuta para fazer adeptos, manipulações, e muito atenção a isso:
"Tratar bem a todos Ninguém tem o direito de dar patadas, muito menos um governante. Grosseria humilha quem a recebe, diminui quem a pratica, arrogância é atributo dos tolos, não dos sábios."
Muitos podem até fingir que estão do lado destes grosseiros, por medo, mas na hora H correm às léguas...
Eu gosto dos blogs porque os blogs mostram na verdade, quem é quem...
Claro que para tudo tem jeito e eu acredito na transformação dos grosseiros.
Muito bonito de se ler!
Mas seria mais bonito ainda se fazer!
E o esforço do "bom" deveria ser muito maior!
Muito bom o texto, Jéssica!
Essa cartilha deveria ser uma obrigação de todo o executivo do poder público democrata.Isso não é favor à nossa combalida população.
É OBRIGAÇÂO!
Vamos cobrar sempre...
Postar um comentário